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Elevador Lacerda 150 anos: história do meio de transporte representa arte e cultura em Salvador

Equipamento vai passar por obra de R$ 7 milhões a partir de janeiro

O Elevador Lacerda, um dos principais equipamentos de Salvador, vai passar por obras de reforma e revitalização. Com o investimento de cerca de R$ 7 milhões, o ascensor vai ganhar varandas na parte alta, um sistema renovável de ar-condicionado, pintura, além de reformulações nas áreas elétrica e mecânica.

A expectativa é que a obra seja iniciada ainda neste ano, mas a data ainda não foi definida.

A novidade foi divulgada em um edital da Superintendência de Obras Públicas (Sucop), poucos meses antes do 150º aniversário do transporte, celebrado em 8 de dezembro. Os responsáveis pela fiscalização das obras de restauração e revitalização serão a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF).

De acordo com o edital da Sucop, a expectativa é que a reforma dure um ano.

Conforme explicou com Tânia Scofield, presidente da FMLF, o projeto tem como objetivo resgatar algumas caraterísticas que o equipamento ganhou após a ampliação em 1930, mas que foram perdidas ao longo das outras reformas realizadas ao longo dos anos.

"Algumas características que deveriam ser preservadas, não foram. O que estamos fazendo agora é trazer essas característica do elevador de volta, como esquadrias e varandas", disse.

 

Mudanças

 

O elevador foi inaugurado em 1873, mas o formato que virou o cartão-postal de Salvador foi feito em uma reforma em 1930.

Depois dela, a outra grande reforma aconteceu entre 2001 e 2002, antes do equipamento ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nela, foram instalados granitos nos pisos e paredes internas e externas, além de um forro de alumínio e gesso para esconder as instalações do ar-condicionado e rede elétrica.

Foi nessa reforma que algumas características históricas do primeiro elevador urbano do mundo foram perdidas.

Entre as mudanças propostas no novo projeto, estão o retorno das varandas onde hoje estão instaladas as unidades da sorveteria Cubana. As duas lojas serão realocadas na parte mais central do Elevador, o que a FMLF diz já ter sido acordado com os proprietários.

Com as duas áreas liberadas, os baianos e turistas terão uma visão ainda mais privilegiada da Baía de Todos-os-Santos, do Mercado Modelo e do Forte São Marcelo, que compõem a vista do Elevador.

Além disso, as esquadrias serão modificadas, trazendo de volta as características de art déco (na arquitetura ela é representada pelo uso do concreto armado, de linhas retas e formas retangulares bem marcadas, além de cores neutras) do projeto de 1930, mas com materiais usados na atualidade.

O elevador ainda será pintado e toda a parte mecânica e elétrica, renovada. Para Tânia Scofield, a obra tem objetivo de manter a beleza o ascensor e facilitar a vida de quem usa o transporte.

"O objetivo é tanto a preservação do bem cultural tombado pelo Iphan, como também manter o bom funcionamento de um equipamento de transporte urbano que é usado diariamente pela população", afirmou.

Também há novidades para quem usa o transporte todos os dias. Atualmente os R$ 0,15 para usar o equipamento é feito apenas nas catracas, o que causa longas filas. Quem já tem o valor separado na carteira precisa esperar quem ainda vai trocar o dinheiro. Para evitar esse tipo de situação, bilheterias serão instaladas na parte alta e baixa do elevador.

O preço da travessia entre as Cidades Alta e Baixa será mantido.

A única peça que não será mexida é o motor do elevador que, segundo a presidente da FMLF, funciona muito bem desde 1930.

"A cidade toda tem que ter o conhecimento da importância do elevador, não só como transporte, mas como bem cultural tombado e marco dessa cidade. Desde 2001 que não se faz uma reforma e a reforma que foi feita perdeu muito as características", disse Tânia Scofield.

 

História

 

Inaugurado em 1873, o equipamento liga a Cidade Baixa à Cidade Alta. Da Praça Cayru, no Comércio, turistas e baianos podem usar o equipamento pela parte de baixo. Já da Praça da Sé, na parte de cima, se tem uma das vistas mais bonitas da capital baiana.

Com construção iniciada em 1869, o cartão-postal da capital baiana foi o mais alto elevador urbano do mundo e o primeiro edifício público modernista no Brasil.

Concebido pelo engenheiro Antônio de Lacerda e construído pelo irmão Augusto de Lacerda, inicialmente foi denominado Elevador Hidráulico da Conceição. Isso porque o maquinário contava com uma bomba a óleo movida originalmente por uma máquina a vapor para fazer o transporte de pessoas entre 63 metros de altura. O nome Lacerda – em homenagem ao idealizador – foi concretizado em 1896.

Em 1906, o sistema foi modificado para tração elétrica e, 21 anos depois, a Companhia Linha Circular de Carris da Bahia, empresa concessionária do elevador, passou a ser controlada pela General Eletric. Com isso, uma nova mudança foi realizada: a ampliação do equipamento com a construção de uma nova torre de 73,5m, mais duas cabines e ponte superior de acesso.

A inauguração da estrutura foi feita em 1º de janeiro de 1930. Devido à importância, o ascensor foi tombado como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 7 de dezembro de 2006.

Administrado pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), o Elevador Lacerda transporta cerca de 28 mil pessoas todos os dias, entre 6h e 23h, de segunda a sexta-feira, e das 6h às 22h, aos sábados e domingos. A viagem dura cerca de 30 segundos.

 

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